Após horas de espera, a ministra sul-africana Maité Nkoana-Mashabane, presidente da COP17, promoveu um curto plenário informal para apelar à adopção do 'pacote de Durban'. Em causa estão os quatro documentos já conhecidos (ou novas versões, não ficou claro): o texto "Indaba", o documento sobre o futuro do Protocolo de Quioto (KP), o texto sobre Cooperação a Longo Prazo (LCA), e a proposta sobre o Fundo Verde Climático (GCF). Segue-se a discussão do "pacote" nos plenários respectivos, já sem vários delegados e ministros.
O dia extra da COP17 começa com o atraso na divulgação do texto sobre Cooperação a Longo Prazo (LCA) e com o adiamento do recomeço do plenário previsto para as 10h (8h de Lisboa). Durante a madrugada, a presidente da COP17, a sul-africana Maite Nkoana-Mashabane, manteve reuniões informais "Indaba" com cerca de 70 ministros e divulgou outros três textos: caminho para um acordo global até 2015, continuidade do Protocolo de Quioto e Fundo Verde Climático (ver posts anteriores).
12h15 (10h15 em Lisboa) - Presidente da COP17 anuncia realização de quatro plenários, em hora a indicar, por esta ordem: Protocolo de Quioto (KP), Cooperação a Longo Prazo (LCA), Conferência das Partes do Protocolo de Quioto (CMP) e Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP).
Continuam as reuniões ministeriais informais, mas o plenário da COP17 só será retomado amanhã às 10 horas (8 horas em Lisboa). Está prevista a divulgação de uma nova versão do texto negocial Indaba perto da 1h da manhã (23h em Lisboa) enquanto a versão final do texto de Cooperação a Longo Prazo (em inglês, LCA) só será conhecida perto das 9h, hora local (7h em Lisboa).
Os textos divulgados pelas 16h (ver post anterior) não foram aceites pela União Europeia, nem pelos países pequenas ilhas (AOSIS), nem pelos países menos desenvolvidos (LDCs). Pelo menos três razões servem para explicar posição europeia: a data para terminar negociações tem de ser 2015, o processo tem de se iniciar já e não no Qatar daqui a um ano, e o acordo tem de ter a forma de um instrumento juridicamente vinculativo e não apenas um enquadramento vinculativo. A China também não aceita o texto, sabendo-se que apenas EUA e Austrália os aceitam como base negocial, o que face ao desacordo não é obivamente viável.
A Quercus exorta a União Europeia a continuar a honrar o seu compromisso ontem efectuado com AOSIS e LDCs e conseguir envolver cada vez mais Brasil, África do Sul e depois os mais renitentes. Há rumores que falam das negociações se estenderem até às 18h de amanhã, sábado. Plenário a começar dentro de momentos (20h30, hora de Durban).
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Outubro 2011