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Quinta-feira, 8 de Dezembro de 2011

Cada hora conta...

As salas do centro de conferências estão continuamente marcadas com reuniões. Estamos no penúltimo dia da conferência mas quase todos delegados esperam duas longas noites até sábado (excepto talvez a presidência da conferência que continua a afirmar que amanhã  a reunião ficará terminada). O dia começou com uma reunião entre as associações europeias para fazerem um ponto de situação e definirem a estratégia junto de ministros e negociadores nas próximas horas. Depois, e apesar de conversas informais que ocorrem ao longo do dia entre a Quercus e a restante delegação, às 11.15h houve lugar a um encontro mais formal entre o coordenador técnico das negociações da parte de Portugal e o director da Rede Europeia de Acção Climática e a Quercus. Entre as 14 e as 15h as associação de ambiente de todo o mundo tiveram a sua habitual reunião diária de troca de informações e definição de objectivos e actuação.

 

Após esta descrição, vale a pena fazer um ponto de situação. Por um lado há as grandes decisões e possíveis futuros: a continuação de Quioto (até 2017? até 2020?) e um caminho para um acordo global com metas vinculativas (a iniciar já e terminar em 2015), o continuar de Quioto só com a Europa, uma mera declaração de intenções, ou inclusive não decidir nada e forçar muitos países mais prejudicados com a ausência de um compromisso a forçarem uma solução no futuro. Os Estados Unidos da América e os países BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China – no fundo, grandes economias emergentes), são actualmente os países chave de uma decisão final.

 

Por outro lado, há um conjunto de decisões que foram consolidadas ao longo de anos ou dos últimos dias e que fazem parte agora do pacote a ser aprovado no plenário final, muitas delas relativas ao protocolo de Quioto, protocolo esse que ainda não se sabe se continuará e em que moldes. Vir a tratar o combustível fóssil com maior intensidade carbónica (o carvão) como uma forma de compensar emissões pode parecer uma anedota, mas é exactamente isso que está em causa ao se admitir o financiamento de projectos de captura e armazenamento de carbono ao abrigo do mecanismo de desenvolvimento limpo. Este foi um dos aspectos consensualizados pelos negociadores mas que é um atentado à integridade ambiental. Outros aspectos que podem comprometer também o objectivo de redução de emissões são o chamado ar-quente ou licenças de emissões (AAUs em inglês) excedentárias dos países que muitos querem passar integralmente para um próximo período de cumprimento ou ainda a forma de contabilização das emissões ou efeito de sumidouro do uso do solo e florestas. No seio da União Europeia, as diferentes visões entre a Polónia (que detém a presidência europeia) e outros países, uns mais progressistas que outros, é actualmente um assunto de decisão incerta.

 

No caso do Fundo Climático Verde, enquanto se discute onde fica sediado e qual a sua natureza legal, a Alemanha e a Dinamarca prometeram contribuir com 40 e 15 milhões de euros, respectivamente, para operacionalizar o referido fundo.

 

Como última nota, e sobre a agenda da Ministra do Ambiente, hoje pela hora de almoço houve uma reunião com os restantes Ministros da CPLP no sentido de articular posições no contexto da conferência e emitir uma posição comum.

 

 

por Quercus às 14:21
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