O governo do Canadá fez primeiras páginas e ganhou críticas da comunidade internacional em Durban por se recusar a alinhar num segundo período de compromisso de Quioto, chamando "pagamentos de culpa" ao financiamento necessário na área do clima, e promovendo bullying a países menos desenvolvidos para deixarem o Protocolo de Quioto. Durante o período de duas semanas de negociação, o Canadá ganhou um total impressionante de seis “prémios” Fóssil do Dia. Matematicamente, são o vencedor incontestável do prémio Fóssil Colossal 2011. A Nova Zelândia recebeu o prémio diário por considerar publicamente que o Protocolo do Quioto era um insulto ao país.
A atribuição do galardão "Fóssil do Dia" é uma cerimónia diária cheia de entusiasmo e glamour onde as organizações não governamentais de ambiente e desenvolvimento da Rede Internacional de Acção Climática (CAN, na sigla em inglês) distinguem os países com pior comportamento negocial na Conferência.
Ontem, o primeiro lugar coube aos Estados Unidos, o maior emissor de gases com efeito de estufa e que menos compromissos tem assumido para manter o aquecimento global abaixo dos 2º. Seguiu-se o segundo lugar para o Japão, o Canadá e a Rússia, países que anunciaram a rejeição do segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto. E por último, em terceiro, a Nova Zelândia, por ter tornado menos clara a sua posição até agora favorável à continuação do Protocolo de Quioto.
Mas nem tudo são fósseis! O grupo de países africanos recebeu o "Raio do Dia" pelo seu desempenho pro-activo e progressista, nomeadamente na apresentação de um conjunto de propostas que poderão contribuir para desbloquear as negociações em Durban.
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Outubro 2011