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Segunda-feira, 5 de Dezembro de 2011

Jovens ingleses explicam negociações

Fonte: UK Youth Climate Coalition

por Quercus às 14:16
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Gestão Florestal: Boa revisão técnica, um falhanço político à vista

  

 

As associações de ambiente reconhecem o tempo e esforços significativos que os países do Anexo I (países industrializados) têm feito para melhorar a transparência e robustez técnica de referência propostos para a gestão florestal. No entanto, embora o processo de revisão tenha atingido esses objectivos, não é suficiente para assegurar a integridade ambiental relativa à fixação do nível de referência de emissões na contabilização da gestão florestal. Claramente, a premissa política subjacente à fixação de um nível de referência é profundamente falsa. Embora o processo de revisão tenha identificado e corrigido problemas técnicos e inconsistências nos níveis de referência de cada país, nunca foi destinado a avaliar as implicações políticas mais amplas de uma abordagem aos níveis de referência. Essas implicações incluem o seguinte:

 

Integridade ambiental. A abordagem proposta para o nível de referência permitiria às Partes do Anexo I o aumento das emissões líquidas de gases de efeito estufa em relação aos níveis actuais durante o período de compromisso seguinte, sem penalidades. Com o tempo, esta abordagem poderia prejudicar gravemente a mitigação das alterações climáticas globais e resultar numa perda de stocks de carbono florestal em florestas nos países desenvolvidos.


Mitigação de forma alargada à economia. Os níveis de referência da gestão florestal para alguns países do Anexo I foram criados de uma forma que lhes permite esconder aumentos das emissões resultantes da gestão das suas florestas e, portanto, permitiria reduzir o nível de ambição das acções de mitigação noutros sectores.

 

Comparabilidade. Um suposto aspecto positivo desta abordagem do nível de referência é ser suficientemente flexível para permitir que todas as Partes do Anexo I adoptassem métodos de contabilização obrigatórios para a gestão florestal. No entanto, os níveis de referência superam várias vezes a flexibilidade realmente necessária. O resultado é um quadro onde uma tonelada de redução de carbono num país não é necessariamente equivalente a uma tonelada de carbono reduzida noutro país.


A revisão foi desenhada para avaliar a robustez técnica e a transparência dos níveis de referência adoptados pelos países, e fez o seu trabalho. São agora claros, quão ruins são os efeitos que a abordagem na escolha do nível de referência poderá ter. As associações imploram às Partes a recuarem um passo para trás, considerando as implicações mais amplas da abordagem ao nível de referência e a rejeitá-lo em favor de uma das opções mais robustas sobre a mesa das negociações, quando ingressamos na semana crítica das negociações aqui em Durban.

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por Quercus às 12:08
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O futuro ameaçado*

Durban, na África do Sul, deveria ser um dos centros de atenção do mundo até 9 de Dezembro. Pela Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, passam as decisões políticas do futuro do clima, mas acima de tudo, da humanidade.

 

Recentemente, a Agência Internacional de Energia afirmou que se não for invertido o actual cenário crescente de queima de combustíveis fósseis até 2017, atingiremos nessa altura as emissões de carbono inicialmente previstas para o ano de 2035, tornando inevitável um aquecimento superior a 2 ºC em relação à era pré-industrial, o que poderá ter consequências dramáticas. O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) publicou um relatório onde associa a maior frequência e severidade de um conjunto de eventos meteorológicos extremos às alterações climáticas. As perdas e danos associados a cheias, tempestades e ondas de calor apenas na Europa foram estimadas em mais de 11 mil milhões de euros em 2010. Por último, a OCDE anunciou que, ao ritmo actual, duplicaremos as emissões nos próximos 40 anos, resultando num aumento médio da temperatura entre 3 e 6 graus até 2100.

 

O mundo necessita assim, mais urgentemente que nunca, de um acordo climático bem sucedido. Durban está a ser uma conferência difícil, mas pode mesmo assim representar um passo em frente, se traçar um caminho para um acordo global, ambicioso e vinculativo – leia-se a ser assinado por todos os países desenvolvidos, economias emergentes e outros países em desenvolvimento. Este acordo tem de ser concretizado em 2015, pois 2020, como alguns defendem, é demasiado tarde, e deve começar com a continuação de um segundo período do Protocolo de Quioto, que expira no final de 2012. Apesar da proclamada desistência de países relevantes como o Canadá, Japão ou Rússia e da não adesão dos Estados Unidos, os países em desenvolvimento e a Europa já mostraram o seu empenho em sair de Durban com compromissos. Os países desenvolvidos devem fixar objectivos em linha com os Acordos de Cancún, de pelo menos 25 a 40% de redução de emissões até 2020, comparativamente com 1990, sem recorrerem a estratégias camufladas, nomeadamente envolvendo uma contabilização exagerada das emissões evitadas pelo uso do solo e floresta. É também fundamental que a China e outras economias emergentes assumam acções de mitigação. É ainda necessário assegurar financiamento para o novo Fundo Climático Verde, a partir de 2013.

 

No que respeita a Portugal, é fundamental promover e educar a população e empresas para uma redução de consumos energéticos, aumento da eficiência energética e recurso às energias renováveis. A revisão em baixa das metas nacionais de electricidade de origem renovável para 2020 e a quebra de incentivos em sede de IRS à eficiência energética e às renováveis (com relevo para a água quente solar), a que se associa um aumento do IVA de 13% para 23%, são sinais de uma visão limitada de uma crise que merecia um olhar mais abrangente e longínquo no tempo.

 

Francisco Ferreira, Quercus (em Durban)

*artigo publicado na última edição do jornal Expresso

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por Quercus às 11:49
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Quercus faz balanço ainda negativo da cimeira do clima

No Bom Dia Portugal de hoje, na RTP, Francisco Ferreira fez um balanço negativo dos primeiros dias da cimeira do clima que decorre na África do Sul. [via RTP]


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por Quercus às 11:26
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