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Sexta-feira, 9 de Dezembro de 2011

Novo estudo aponta para salto recorde das emissões

O estudo publicado na revista Nature Climate Change aponta para o facto das emissões de dióxido de carbono devida à queima de combustíveis fósseis dispararam nos últimos 20 anos, e que o mundo não está a conseguir evitar as alterações climáticas catastróficas.

 

Este estudo mostra que as emissões derivadas da queima de combustíveis fósseis aumentou 5,9% em 2010, elevando o aumento total desde 1990 - o ano de referência para cálculo de emissões sob o Protocolo de Quioto - a 49%.

 

Corinne Le Quéré, Directora do Tyndall Centre for Climate Change Research e Professora na University of East Anglia e uma das autoras deste estudo, afirmou que estes os dados mostram que pouco tinha sido alcançado em 20 anos de risco às alterações climáticas. Acrescentando, que foram feitos alguns esforços no uso de mais energia renovável e para melhorar a eficiência energética, mas o que se vê, até agora, é que os efeitos têm sido marginais. “Temos de fazer alguma coisa a cerca dos 80% de energia que ainda vêm da queima de combustíveis fósseis.”

 

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por Quercus às 10:40
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Sexta-feira, 2 de Dezembro de 2011

O Plano Inglês

O Reino Unido divulgou ontem o "Carbon Plan", onde reafirma que irá atingir a sua meta de redução de gases de efeito de estufa em 2020 e cortar em 80% as suas emissões , em 2050.

De notar que a meta do Reino Unido para 2020 é de reduzir em 34% as emissões, em relação a 1990.

por Quercus às 23:41
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Quarta-feira, 30 de Novembro de 2011

EUA: um país em negação

 

© IISD

© IISD

 

Muitos esperavam que o presidente Barack Obama seria uma lufada de ar fresco na disposição americana de lidar com o consenso da ciência sobre o clima global. A ciência diz que a mudança climática está a acontecer devido à actividade humana, e que é urgente minorar o problema. Ontem, na sua primeira conferência de imprensa em Durban (ver vídeo), o enviado especial adjunto dos EUA, Jonathan Pershing, revelou o estado de negação do seu país sobre a ciência das alterações climáticas. 

 

Pershing é ele próprio um cientista, esteve envolvido com o IPCC, mas afirmou reiteradamente que as actuais metas de mitigação colectivas são suficientes para evitar ir que a temperatura suba mais de 2 graus em relação à era pré-industrial. A sua mensagem geral foi a de que os EUA mantêm a sua posição de que evitar o aquecimento global não é urgente o suficiente para gastar capital político em compromissos na UNFCCC. A reduzida prioridade dos EUA para os compromissos climáticos globais começou com a fraca meta de redução, sendo que os EUA também continuarão a não concordar num instrumento juridicamente vinculativo. 

 

A meta dos EUA de 17% abaixo dos níveis de 2005 até 2020 é tão fraca que tudo indica já terá sido cumprida, mesmo sem políticas climáticas globais, devido à recessão e aumento do custo relativo da produção de electricidade recorrendo a carvão. Ao afirmar que os EUA só estão realmente preocupados com os compromissos pós-2020, os negociadores do governo Obama estão a dizer que o seu chefe não precisa lidar com esta questão, já que Obama não estará no cargo após 2016 (assumindo que ele ganha mais um mandato de quatro anos). 

 

Na sua campanha de 2008, o presidente Barack Obama prometeu ser um líder na mudança da política das alterações climáticas. Porém, as expectativas já caíram tão baixo que aquilo que se pode pedir é pelo menos para que os EUA concordem nalguns passos razoáveis na frente negocial - por exemplo, na aprovação de um mandato de um pacote de compromissos para um acordo legalmente vinculativo em 2015. Isso daria ao mundo mais quatro anos, além do Plano de Acção de Bali, aprovado pelo governo Bush, que deu ao mundo dois. O clima não pode esperar. O mundo certamente não pode ser arrastado para baixo por um outro governo dos EUA em negação.

 

Outras notícias:

 

- Apesar de não haver ainda qualquer fumo, branco ou negro, neste conferência de Durban, será num país dominado pelo petróleo, o Qatar, mas precisamente em Doha, que terá lugar a próxima reunião da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas daqui a aproximadamente um ano.

 

- A Europa é a favor da continuação do Protocolo de Quioto, mas um elemento decisivo é saber se a sua extensão deverá ser por 5 anos, colocando assim pressão para a entrada em vigor de um acordo global, ou por 8 anos, como inicialmente estava programado. Sexta-feira, delegações e Comissária Europeia vão conversar sobre o assunto e espera-se que vença a perspectiva mais curta e pragmática.

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por Quercus às 09:08
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Segunda-feira, 21 de Novembro de 2011

Concentração de gases com efeito estufa ultrapassa piores previsões

A agência meteorológica da ONU alerta que as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde que excedem o pior cenário previsto pelos cientistas do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla inglesa). Segundo a Organização Meteorológica Mundial, em 2010, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera atingiu as 389 partes por milhão, valor que representa um aumento de 39% de dióxido de carbono, 158% de metano e 20% de óxido nitroso, a maior concentração desde o início da era industrial em 1750. Os principais responsáveis são a queima de combustíveis fósseis, a perda de florestas que absorvem o CO2 e o uso de fertilizantes. [Fonte: Agências]

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por Quercus às 11:48
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Segunda-feira, 7 de Novembro de 2011

«Emissões de carbono em 2010 foram superiores aos piores cenários»

No Ecosfera do jornal PÚBLICO: "O carbono emitido a nível mundial em 2010 foi superior aos piores cenários que o Painel Internacional das Alterações Climáticas (IPCC, sigla em inglês) fez em 2007, defende a Agência da Energia dos Estados Unidos. Segundo os dados do relatório, anunciados num notícia da AP publicada pelo jornal The Guardian, em 2010 o mundo emitiu mais 512 milhões de toneladas de carbono para o ar do que em 2009, um aumento de seis por cento. "Quanto mais falamos sobre a necessidade de controlar as emissões, mais elas crescem", disse John Reilly, co-director do Programa Conjunto do MIT sobre a Ciência e Política das Alterações Climáticas, citado pelo Guardian. (artigo integral)

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por Quercus às 11:36
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Sexta-feira, 4 de Novembro de 2011

Denúncia Quercus: Governo português à beira de uso escandaloso de 2,1 mil milhões de euros de verbas relacionadas com a política de alterações climáticas

O comércio europeu de licenças de emissão (CELE) é um dos principais instrumentos de mitigação das emissões de gases com efeito de estufa. Iniciado com três anos experimentais, entre 2005 e 2007, o CELE está de momento numa segunda fase correspondente ao período de cumprimento do Protocolo de Quioto (2008-2012). Nestes dois períodos referidos, a cada uma das instalações industriais abrangidas foi atribuído gratuitamente um determinado montante de licenças de emissão de dióxido de carbono (CO2) de acordo nomeadamente com o seu historial de poluição: caso a empresa necessitasse de mais licenças teria que ir ao mercado adquiri-las, ou, em caso de excesso, poderia retê-las ou vendê-las também no mercado. Em Portugal, um pouco mais de duas centenas de instalações estão abrangidas pelo CELE.

 

Na próxima fase, e de acordo com a Directiva 2009/29/CE de 23 de Abril, a partir de 1 de Janeiro de 2013 e até ao ano 2020, todas as licenças de emissão de dióxido de carbono (CO2) a efectuar pelo sector da produção de electricidade (centrais termoeléctricas) terão de ser adquiridas através de leilão, à excepção de uma pequena parte de licenças que as empresas possam dispor ainda da segunda fase (2008-2012) e que podem transferir para este novo período. Numa fase inicial, para além da totalidade do sector eléctrico, também 20% das licenças das restantes instalações terão de ser adquiridas em leilão, percentagem que subirá progressivamente até ao ano de 2020.

 

A Quercus tomou conhecimento que o governo português, em particular o Ministério da Economia, quer utilizar as receitas do leilão, principalmente o maior volume associado ao leilão das licenças do sector eléctrico, na redução genérica do défice tarifário existente que cujo valor resulta principalmente da absorção dos elevados custos de combustíveis fósseis como o uso de petróleo, carvão e gás natural, o que vai absolutamente contra o espírito da Directiva referida. O actual défice tarifário no valor de 1,8 mil milhões de euros, 1,4 mil milhões de euros está associado à produção nas centrais termoeléctricas e, apenas,  400 milhões de euros aos sobrecustos da electricidade produzida a partir de fontes renováveis.

 

O governo decidiu recentemente não repercutir o verdadeiro custo do défice, que todos os dias se agrava, aumentando as tarifas da electricidade em apenas 4% e perspectivando que no futuro o aumento nunca será mais significativo, e querendo assegurar já o encaixe da parte da receita de leilão das licenças de emissão correspondente ao sector eléctrico.

 

As centrais térmicas representam cerca de um terço do total das emissões no actual Plano Nacional de Alocação de Licenças de Emissão (PNALE). Esta receita entre 2013 e 2020, estima-se que possa atingir um valor total de 2,1 mil milhões de euros para Portugal, sendo que em 2013 o sector eléctrico terá um peso na receita da ordem dos 83%, reduzindo-se depois progressivamente até 2020 pelo maior contributo da restante indústria.

 

Ao mesmo tempo, o Ministério da Economia quer ainda utilizar as referidas verbas para financiar a criação de um novo “défice tarifário” através do objectivo arbitrário de limitar os aumentos anuais dos custos da eletricidade nas tarifas a 1,5%, entre 2013 e 2020. Em nome da “competitividade”, o Governo neutraliza assim o principal instrumento de política de clima da Europa.

 

A legislação comunitária é muito clara: “pelo menos 50% das receitas geradas com a venda em leilão das licenças de emissão” devem ser utilizadas para o desenvolvimento de energias renováveis para o compromisso europeu de utilização de 20% de energias renováveis até 2020 e no desenvolvimento de outras tecnologias que contribuam para a transição para uma economia segura e sustentável, com baixo teor de carbono e, para cumprir o compromisso europeu de aumento de 20% da eficiência energética.

 

As receitas do leilão devem também financiar o incentivo à transição para formas de transporte público e com baixos níveis de emissão, o financiamento de acções de investigação e desenvolvimento nos domínios da eficiência energética e das tecnologias limpa, medidas que visem o aumento da eficiência energética, e ainda a contribuição para o financiamento de acções relacionadas com a mitigação ou adaptação às alterações climáticas à escala internacional.

 

No espírito da legislação comunitária, a Quercus considera aceitável que parte da receita do leilão das licenças de emissão seja para cobrir os sobrecustos futuros associados às renováveis, mas é impensável que esta receita seja para pagar a produção de energia eléctrica poluente e de investimentos passados que deveriam ter sido devidamente alocados, desvirtuando completamente a Directiva em questão.

 

Ambiente e Economia com visões muito diferentes; Quercus já contactou Secretário de Estado do Ambiente e aguarda reunião com Secretário de Estado da Energia


A Quercus teve já oportunidade de expor o seu ponto de vista ao Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo, e pediu uma reunião com o Secretário de Estado da Energia no passado dia 17 de Outubro, para discutir este tema entre outros, mas ainda sem resposta. A Quercus sabe que há visões muito diferentes dentro do governo sobre esta matéria, nomeadamente com fortes objecções por parte do Ministério da Economia a um uso de verbas angariadas pelos leilões em áreas como as energias renováveis. Aliás, a Quercus aguarda com expectativa o próximo Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER), bem como tomar conhecimento da concretização, supostamente ambiciosa, das medidas associadas ao actual e futuro Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE).

 

Quercus dá início a contactos à escala europeia


A par deste comunicado de imprensa, a Quercus está a contactar dezenas de outras associações da Rede Europeia de Acção Climática de que é membro, a enviar cartas aos eurodeputados portugueses de alerta para esta situação, para além de informar a Comissão Europeia. Note-se que outros países como a Alemanha já definiram orientações consistentes com o previsto na Directiva, facto que Portugal parece determinado a não fazer.

 

Lisboa, 4 de Novembro de 2011

 A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

por Quercus às 10:10
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Sexta-feira, 7 de Outubro de 2011

Menos chuva e mais carvão disparam emissões de CO2 em cerca de 2 milhões de toneladas

No início deste mês de Outubro, em que o preço da electricidade sobe consideravelmente devido ao aumento da taxa do imposto de valor acrescentado (IVA), a Quercus analisou os dados disponibilizados pelas Redes Energéticas Nacionais (REN) no que respeita à produção e consumo de energia eléctrica em Portugal entre Janeiro e Setembro de 2011, em particular por comparação com o período homólogo de 2010 (os dados foram consultados no sítio internet www.ren.pt).

 

Verão ameno, crise, e anúncio do aumento do IVA reduzem consumo

No que respeita à análise de meses homólogos, em Julho e Agosto de 2011 registou-se uma redução de consumo de 5,2% face aos mesmos meses de 2010. Já o consumo entre os períodos homólogos de Janeiro a Setembro de 2011 e 2010 apresenta uma redução de 2,4%. A Quercus considera que esta redução substancial se deveu à crise económica, aliada a um Verão menos quente e com menores necessidades de climatização que 2010. Outro factor adjuvante terá sido o anúncio, já em Agosto passado, do aumento generalizado dos preços que pode ter estado na origem de comportamentos de poupança. Note-se que este valor de 9 meses é inferior à redução do produto interno bruto (PIB) prevista pelo Banco Portugal para 2011, o que significa uma melhoria ligeira da intensidade energética na componente electricidade.

Menos renováveis, mais emissões, menos importação

O ano hidrológico de 2010/2011 que terminou a 30 de Setembro, foi um ano médio do ponto de vista da produção de hidroelectricidade, bem abaixo do ano hidrológico 2009/2010, em que a produtibilidade hidroeléctrica foi 32% mais elevada que o normal. Tendo por base o período de 9 meses entre Janeiro e Setembro de 2011, a produtibilidade eólica foi praticamente igual à média,  inferior também à do período homólogo, 9% mais elevada que este ano. Ainda assim, neste mesmo período, o peso de fontes renováveis na produção de electricidade desceu de 54,2% para 47,3%, sendo que a Quercus considera que este último valor é ainda bastante significativo. Portugal conseguiu também reduzir o seu saldo importador em cerca de 12%.

O menor peso das renováveis e o maior recurso à produção (mais 1799 GWh) através das duas centrais térmicas a carvão (Sines e Pego) em Portugal, conduziu a um aumento global de emissões de dióxido de carbono nos primeiros nove meses deste ano, estimado pela Quercus em quase dois milhões de toneladas, sendo 1,6 milhões de toneladas da responsabilidade  das duas centrais referidas. Este valor, apesar de elevado, não deverá conduzir a uma ultrapassagem dos limites fixados para Portugal no âmbito do Protocolo de Quioto, tendo em conta as reduções globais de emissões conseguidas em 2009, 2010 e também em 2011 noutros sectores.

por Quercus às 00:55
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