O Secretariado da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (UNFCCC) lançou ontem a iniciativa 'Momentum For Change' com o apoio da Fundação Bill & Melinda Gates. A iniciativa pretende dar visibilidade e apoiar projectos de adaptação ou mitigação que melhorem a qualidade de vida das populações e que possam ser replicados em maior escala. Mais informação em Momentum for Change Initiative.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, no discurso de abertura do segmento de alto nível aos líderes dos diferentes Estados presentes, afirmou que “temos de ser realistas sobre uma ruptura em Durban, com crises económicas, diferentes visões, mas (…) o futuro do nosso planeta está ameaçado, em causa está a sobrevivência de algumas nações. A ciência é clara – as emissões de carbono estão no topo em termos históricos e a subir. Estamos perto de um ponto de não retorno e do abismo.” “A população olha para vós com esperança. A população não pode receber um não da vossa parte. É o momento para sermos ambiciosos. Não é a primeira vez que enfrentamos os cépticos. Em Durban temos que manter o 'momento'”.
Ban Ki-moon referiu que é fundamental haver quatro avanços fundamentais que recebem o total apoio das associações de ambiente: implementar o acordado em Cancún na área da adaptação e transferência de tecnologia; progredir no financiamento de curto e longo prazo, com transparência na pronta entrega destes fundos a quem mais precisa do mesmo desde já e que se encontrem as fontes para o longo prazo, lançando aqui em Durban o Fundo Climático Verde acordado há um ano; assegurar o futuro o Protocolo de Quioto, que na ausência de um acordo global deve ser a estrutura que tem de continuar a crescer, aprovando-se um segundo período de cumprimento (discurso interrompido com aplausos); e por último, materializar uma visão abrangente, efectiva e robusta para lidar com o problema que seja desenvolvida nos próximos tempos, começando já no próximo ano no Qatar (menção a um futuro acordo global).
E terminou: “Acredito na vossa liderança política.”
De uma sala cheia de delegados, vamos ver agora que liderança os governantes aqui presentes vão ou não assumir. [ver discurso integral em PDF]
O Atlas sobre Risco Ambiental e Climático 2012, realizado pela Maplecroft, inclui um novo Índice de Vulnerabilidade Climática. Este índice revela que alguns dos locais onde a população está a crescer mais rapidamente são também os que estão mais expostos aos impactes dos desastres naturais relacionados com as alterações climáticas, incluindo o aumento do nível do mar. Bangladesh, Filipinas, Vietname, Indonésia e Índia são alguns destes países.
As alterações climáticas e o crescimento da população formam os dois maiores desafios que o mundo enfrentará no próximo século.
O Índice de Vulnerabilidade Climática apresenta mapas nacionais, análise de vulnerabilidade às alterações climáticas e da capacidade de adaptação para combater as alterações climáticas em 193 países. O índice analisa ainda a exposição das populações às alterações climáticas relacionadas com os riscos naturais e a sensibilidade dos países a factores como a concentração de população, desenvolvimento, recursos naturais, dependência agrícola e conflito.
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Outubro 2011